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Ações do Legado
Com Anhembi ameaçado e Anhangabaú sob mudança, legado de seu autor é objeto de exposição
Categoria: Na mídia
Um banco de praça, uma árvore frondosa, pássaros, uma roda de conversa com jovens interessados em discutir as cidades.
Esse singelo projeto pessoal do urbanista e arquiteto ítalo-brasileiro Jorge Wilheim (1928-2014), responsável por obras como a construção do parque Anhembi e as reurbanizações do Páteo do Colégio e do Vale do Anhangabaú, servirá de guia para a exposição “Conversas na Praça: o urbanismo de Jorge Wilheim”, que será abrigada pelo Sesc Consolação a partir de 19 de setembro, com data de encerramento prevista para 14 de dezembro.
Por acaso, a exposição acontece no momento em que duas das obras mais conhecidas de Wilheim têm suas identidades colocadas em xeque. O Vale do Anhangabaú passa por ampla reforma feita pela prefeitura e que deverá ser entregue em 2020, e o Anhembi passará por leilão à iniciativa privada em breve —nesta quarta (14), uma primeira tentativa de vendê-lo não encontrou interessados e fracassou.
O banco da praça era um plano dos últimos anos de Wilheim, que desejava continuar em interlocução com a juventude. Dialogar com eles “para que ideias transformem mentes, pois a revolução cultural é a fonte de todas as mudanças na sociedade”, escreveu o sociólogo espanhol Manuel Castells sobre a ideia do amigo. O banco condensava a vinculação entre espaços abertos e exercício cívico que perpassa o pensamento de Wilheim.
A expografia da mostra, do arquiteto Pedro Mendes da Rocha, será em grande parte inspirada no Anhangabaú, com plotagem no solo fazendo referência às pedras portuguesas que compunham o piso do Vale —recentemente retiradas pelas obras— e diversos bancos para as pessoas se sentarem.
O andar térreo do Sesc Consolação, que costuma ser atravessado por divisórias em períodos de exposições, ficará, desta vez, aberto.
“Em nosso caso, vamos potencializar o espaço como praça pública. Vamos abrir tudo e a presença da comedoria do Sesc e do guichê é boa. Vai funcionar como uma extensão da calçada do lado de fora”, diz o arquiteto e curador da exposição Guilherme Wisnik.
A exposição terá também grande painel com uma linha do tempo pontuando a trajetória de Wilheim; uma mesa-vitrine com fotos, projetos, livros e desenhos técnicos; e quatro telas com projeções de filmes sobre os principais trabalhos do arquiteto.
>> Confira a reportagem completa
Maquete da exposição sobre a trajetória de Jorge Wilheim, que será abrigada pelo Sesc Consolação - Zanone Fraissat/Folhapress
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